Mais de 300 mil computadores em 150 países foram afetados pelos ataques do último dia 12. Maior parte das máquinas usava versões dos sistemas que ainda tinham suporte.
De acordo com especialistas, faltou agilidade às organizações, tanto por causa da complexidade de suas redes quanto por negligência, para corrigir uma vulnerabilidade que já era conhecida.
Principalmente porque, ao contrário do que se suspeitou inicialmente, o Windows XP não foi um dos grandes responsáveis pela contaminação. Quase 98% dos computadores afetados utilizavam Windows 7, sistema operacional lançado em 2009 pela Microsoft que ainda tinha suporte da empresa e é atualmente o mais utilizado no mundo, afirmou na última sexta-feira (19) a firma de segurança digital russa Kaspersky.
A falha utilizada pelo vírus WannaCry, usado no ataque, foi roubada da Agência Nacional de Segurança dos EUA (NSA) e revelada por um grupo de hackers, autointitulado The Shadow Brokers. A Microsoft relata ter corrigido o problema em março, através de um pacote de atualização.
“O mundo todo da segurança sabia dessa questão, porque envolveu o vazamento”, explica o presidente-executivo da empresa de consultoria de segurança Conviso, Wagner Elias. Veja mais clicando aqui
“Não foi uma falha que pegou todo mundo de surpresa. O que falta às vezes é senso de urgência às empresas.”